" Naquela chuva, dois olhares encontraram-se; mesmo molhados da chuva fina; tinham um brilho e um mistério inexauríveis...
Naquela passageira chuva, eles se entreolharam, sentiram energias opostas, calores ocultos... E, sem hesitar, um olhar másculo e sedutor, junto à um toque leve nas mãos femininas, oferecia um lugar junto à ele, num pequeno e vermelho guarda-chuva, dando espaço ao encontro dos corpos, algo mais íntimo.
Naquele encontro inesperado, surgiram tais palavras... Algumas entrelinhas, algumas indiretas... A gentileza era algo em plural naquele momento...
E, naqueles passos descompassados; sorrisos exaltados e alguns olhares direcionados, caminharam ruas adentro, juntos. Um silêncio apaziguador se fez, então...
Naquela mesma chuva, num imenso silêncio, algo havia se tornado completo! Envolvidos em magia e sedução, corpos molhados e desejos à flor da pele; um ato tornou aquela tarde de fina chuva, inesquecível. Os lábios se fizeram singular num beijo doce e envolvente, intenso...
E, ainda na mesma chuva, silêncio e olhar; abandonou os lábios e olhar feminino sós, em uma rua sem a graça das flores e suas cores, uma rua escura... Deixou suas mãos no ar, depois de um toque de leve...
E, no quase fim daquela mesma chuva, ele se foi, ao encontro do vento, e deixou a moça sozinha, depois daquele momento... "
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